sábado, 23 de outubro de 2010

Diário da turma 10º2: Querido diário...

Diário da turma 10º2: Querido diário...: "Sexta - Feira, 8 de Outubro de 2010Querido Diário, hoje foi um dia completamente normal e cansativo de escola. Nestes dias a chuva e o vento..."

Quem sou eu?

Quem sou eu? Para muitas pessoas é difícil responder verdadeiramente a esta pergunta,  porque não conseguem ver o reflexo das suas almas e confundem esta pergunta com “Que aparência tenho eu?”. Acho que o nosso aspecto exterior está á vista de todos e não necessita de apresentações.
Quem somos está reflectido nas nossas acções, quer sejam elas boas ou más, e é com base nisto que vou responder com máxima sinceridade a esta questão.
Eu sou divertida, risonha, persistente, honesta, teimosa, impaciente… Enfim, tenho qualidades e defeitos como toda a gente. Relativamente aos meus objectivos, luto para conseguir alcançá-los, porque não há conquista sem empenho. Aquilo que mais gosto de fazer é estar com a minha família e amigos e ouvir música.

Filipa Caires      10º2      nº9

OLá, eu sou o Igor


Quem sou eu?
    Eu sou um simples Ser Humano, eu erro, porque errar é Humano. Chamo-me André Igor Freitas Figueira, tenho 15 anos de idade, sou um pouco alto, tenho olhos azuis, sou simpático, um pouco tímido e sempre disposto a ajudar quem precisa. Eu pratico Natação no Clube Naval, já pratiquei Basquetebol no CAB Madeira e o que mais gosto é de futebol e natação. Gosto muito de estar e falar com os meus amigos.
    Sempre tive muita aptidõao pela informática. Desde pequeno que mexo no computador, no colo do meu pai, de mão aberta a bater em cima do teclado. Hoje  já tenho mais conhecimento sobre a informática, como montar, desmontar, formatar e instalar o sistema operativo de um computador.

Querido diário...

Sexta - Feira, 8 de Outubro de 2010
Querido Diário, hoje foi um dia completamente normal e cansativo de escola. Nestes dias a chuva e o vento deram o ar da sua graça e com eles, fiquei doente, coisa que detesto. Mas bem… Não sei se já te contei que gosto muito de escrever, tenho como grande aliada, a música, várias vezes é ela que me inspira, e como hoje estou num desses dias de inspiração vamos ver se sai alguma coisa… Cá vai:
Não sei ao certo o que estou a sentir… Uma porção imensa de sentimentos invade constantemente o meu corpo...
Chovia torrencialmente. O vento soava nas janelas do meu quarto e, de vez em quando, um trovão rebentava no meio da cidade, ecoando furiosamente pelas paredes claras do meu quarto. Todo o meu corpo tremia e lágrimas formavam-se, escorrendo lentamente pelo meu rosto pálido e sem vida.
Que se passa comigo?
Ignorando o frio que sentia, só com aquela camisola fina de algodão, sai de casa. Cada passo que dava era como se tivesse um peso cada vez maior nas minhas costas. As minhas pernas estavam fracas. E as minhas lágrimas, misturadas com as gotas de chuva, deslizavam freneticamente pela minha face.
O vento soprou novamente na direcção do meu rosto, senti a pele arrepiar-se por baixo do casaco preto, quase da mesma cor que o céu naquela noite. Olhei para o relógio. Os ponteiros de metal indicavam-me que era meia-noite e meia. Virei numa rua deserta e escura, que emanava um cheiro a tristeza e a pobreza e que me fizera arrepiar novamente a pele e os ossos, mais do que o próprio frio.
Nada se ouvia para além do bater vazio do meu coração, que parecia encontrar-se no seu volume máximo e tentava competir com o som do próprio silencio. Deixei os olhos percorrerem o espaço á sua vontade, procurando a porta que, pensava eu, seria a chave de todos os meus problemas. Deixei os olhos percorrerem o espaço à vontade, procurando a porta que, pensava eu, seria a chave de todos os meus problemas com o som do próprio silêncio. O medo amontoava-se em mim, conseguia sentir o sangue quente a correr dentro das minhas artérias. Estava escuro, vi um sinal vermelho, parei e escutei. O ar fresco abateu-se sobre mim.
Olhei em redor e estava sozinha, à espera do nada, à espera de um sinal verde para continuar. Avancei, mesmo com medo. Mas a coragem encontrou força em mim, acelerei o passo.
Enquanto andava, o frio entranhava-se no meu casaco. A coragem foi-se em poucos segundos, os dedos tremiam de terror, recuei. A escuridão apoderou-se do meu ser. Corri. Fugi. Fugi até que as minhas pernas pararam. Deixei os meus olhos percorrerem o espaço à vontade, procurando a porta que, pensava eu, seria a chave de todos os meus problemas.
Bom… Aqui está o texto, espero que gostes Diário, o fim está meio parvo, até porque, como sempre nunca sei fazer um fim! Fico-me por aqui. Vou tentar estudar alguma coisa, embora que com este frio só me apeteça estar enroscada nos meus lençóis! Enfim…
Até amanhã… Débora. t

Natal, quando tinha seis anos!

Quantas vezes me ponho a pensar no quão rápido o tempo passa e que ,se um dia não chegava às prateleiras «altas» da cozinha, hoje nem reparo quantas vezes   as abro!
    Lembro-me perfeitamente de um Natal, quando tinha seis anos, que grande dia, um daqueles que nunca irei esquecer: Logo de manhã, 25 de Dezembro, aquela ansiedade de ir a correr para abrir os presentes, fez-me acordar praticamente duas horas mais cedo que o costume. E assim foi, saltei da cama e fui muito silenciosamente até à sala, onde estava o Pinheiro de Natal. Quase rastejando pelo chão, consegui ver montes de caixas decoradas mesmo às escuras, brilhantes, ali fiquei durante algum tempo, desejando de as abrir… Foi aí que ouvi um som, não muito comum e como não podia sair dali a correr, saltei para trás do sofá e fiquei a pensar no quê, ou talvez ‘’quem’’ estaria ali…
    Passou-se algum tempo e fui até lá, enchi-me de coragem, comecei a correr, com a esperança se ver o que se passava e, bem, lá estava eu, embrulhada no pinheiro, tal e qual um presente… quem não achou muita piada fui eu mesma, visto que a minha esperança e ansiedade levou-me a ficar na cama mais um bom pedaço!
    Enquanto estava lá deitada e todos os outros a dormir, ficava a pensar se o Pai Natal era uma pessoa ou uma fantasma já que ninguém o vê!
    Mesmo que o dia de Natal não tenha começado da melhor forma, o dia acabou por ser uma grande diversão tal como todos os dias de Natal - com aquele sabor especial – e ainda hoje me lembram de contar esta história ao jantar!

Sara Sousa 10º2

Mini: o meu cão

Olá!
Lembro-me que estávamos no pico do Verão, em pleno mês de Julho. Eu e a minha família fizéramos uma viagem e encontrávamo-nos no Porto Santo em férias, e connosco ia também o mais recente membro da nossa família, o meu cão, Mini.
Ora, não me recordo se era de manhã ou à tarde, mas saíramos para descontrair nos dias típicos calorosos de lá, mas Mini ficara no pátio da nossa casa de férias, presa por uma longa corrente de metal.
            Passaram-se as horas e regressámos a casa. Horror dos horrores. Mini não estava lá. Esse pátio era na realidade uma grande varanda e a corrente que prendia o meu cão estava do lado de fora, em vez de dentro. Por momentos, pensámos que Mini se  havia enforcado, mas não, a corrente apenas ressaltou, tal foi a força que Mini fez para fugir.
Eu e a minha irmã éramos bem pequenas, e ambas chorámos muitíssimo naquela noite, ao pensar que Mini não iria regressar, apesar dos nossos pais quase jurarem que iriam procurá-la durante toda a noite.
Os meus pais não a conseguiram encontrar, mas ela regressou sozinha, perto das seis da manhã. A minha mãe trouxe-a ao colo até ao nosso quarto e deixou que a Mini tocasse com as patas e farejasse os meus cabelos, fazendo-me acordar em êxtase absoluto e quase chorar de alegria, ao correr para despertar a minha irmã para dar as maravilhosas novidades.
            E foi isto, um acontecimento que se passou há muitos anos, mas que me recordo ainda hoje, e faz-me pensar que não podemos dar nada por garantido. 


Mafalda 10º2

Sou a Mafalda: acredito que a união faz a força, por isso, admiro imenso a Natureza e as suas leis

Estás a ler algo sobre mim...chamo-me Mafalda Marques e tenho 15 anos.  Sou do signo Capricórnio, e algumas das suas qualidades, e por sua vez minhas, são a lealdade, a amabilidade, o realismo, o sentido prático e a paciência.
Aprecio coisas muito distintas, tanto desfruto ler um bom livro, como desfruto de um bom momento de paz, junto à praia.
Acredito que a união faz a força, por isso, admiro imenso a Natureza e as suas leis e, desprezo algumas atitudes dos seres humanos, tais como a ambição desmedida e o egoísmo implacável, que, quase sempre, nos fazem viver fechados para o resto do mundo, sem humildade, e a não apreciar o que deveríamos com mais facilidade... Por isso, fascino-me com a Natureza...as formas que as nuvens fazem nos céus, as lindas e vibrantes cores que cobrem o nosso Mundo ou até mesmo o simples rodopiar e voar de um casal de borboletas, em plena harmonia.
Jamais poderia viver sem a música, sem ver o mar todos os dias ou sem as pessoas que me são realmente queridas, estejam longe ou perto de mim.
No futuro, gostaria de ser veterinária, e se não, algo que me permita estar junto aos animais e do seu meio. Adoraria estudar e até mesmo viver em Espanha. Pode não ser um país perfeito ou não ser muito melhor que o nosso próprio país para algumas pessoas, mas para mim, é o ideal...a todos os níveis...
E bom, isto é uma parte de mim, uma pessoa que sonha com um mundo melhor, mais harmonioso e com menos arrogância, uma pessoa que vive no presente mas a sua alma encontra-se noutras décadas.
Paz e Amor!!!


Mafalda 10º2

O Jardim da minha infância

Lá estava ele, aquele pequeno jardim triste e sombrio, que só ganhava alguma alegria, quando eu corria ia muito e rodopiava livremente com a alegria própria de infância.
    Isto acontecia muito raramente, apenas quando eu visitava os meus avós. Até que num dos Verões, o meu alto robusto e envelhecido avô decidiu construir um pequeno baloiço. Pintou-o de laranja brilhante, que se iluminava pelo sol e cintilava como um pequeno cristal,  no meio daquele jardim verde e sombrio.
    Verão após Verão, um e outro miúdo se juntavam para baloiçar e sentir a liberdade provocada pelo vento suave nos cabelos e correr desorientadamente, dentre daquele verde que ganhava vida e magia ao longo do tempo, sendo irradiado pela alegria dos mais jovens.
    Ali, com o passar do tempo, fomos crescendo e fazendo novas descobertas, novos jogos e até mesmo nos bicharocos, que iam surgindo pela Primavera, jogavam e riam connosco e acabavam por partir no fim do Verão.
    Mas, não foram só esses animaizinhos que partiram.Com o passar dos anos todos nós crescemos e outros sonhos foram ganhando força e nós deixamos de conseguir ver e sentir a magia daquele jardim e do seu baloiço.
    O meu avô acabou por partir, e nós, uns mais cedo outros mais tarde, acabamos por abandonar aquele jardim.
    Hoje, quando lá regresso, encontro-o novamente sombrio e perdido, apenas com a pequena companhia do baloiço, agora enferrujado.
    O pequeno jardim é agora uma simples prova de como somos capazes de abandonar as memórias da nossa infância.

Érica 10º2

Esta sou eu, uma rapariga normal que se dedica a coisas simples que a fazem feliz.

Olá
Chamo-me Érica Gomes e tenho 15 anos.
Considero-me simpática, uma boa amiga e persistente.
A minha disciplina preferida é físico-química e gostava de um dia vir a
frequentar a universidade, em ciências farmacêuticas.
Nos meus tempos livres gosto essencialmente, de estar com os meus
amigos. Não pratico nenhum desporto frequentemente, mas sou escuteira
marítima. Passo algum tempo no facebook, a ouvir musica ou a ver tv. Adoro ler, porque permite-me viver em realidades diferentes, conhecer lugares desconhecidos e mesmo identificar-me com algumas personagens. Não gosto quando o livro chega ao fim, porque tenho de me despedir das personagens a
qe já me tinha habituado durante o tempo em que li o livro.
Quando estou a acampar gosto de observar as estrelas, e os meus
acampamentos preferidos são junto ao mar, pois o seu som é fantástico.
Algo que eu mudaria no mundo seria a pobreza extrema, na minha opinião se os países ricos partilhassem isto era possível.
Na minha ementa pessoal estão sempre os chocolates, os hambúrgueres pizza e a Coca-Cola.
Esta sou eu, uma rapariga normal que se dedica a coisas simples que a fazem feliz.

Érica 10º2

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Memórias de infância: O primeiro dia de aulas

         ANA SOFIA
Quase todas as infâncias são belas, mágicas e com muitas peripécias divertidas para contar. No entanto, há sempre um momento que todas as crianças não esquecem, que é o primeiro dia de aulas. Lembro-me perfeitamente do meu.
         A noite anterior à minha entrada na escola foi um suplício. O relógio teimava em manter os mesmos números durante longos períodos. Eu já começava a ser invadida por vários sentimentos como a ansiedade, o medo, a curiosidade… e já sentia as famosas borboletas no estômago. Mesmo assim contive-me, porque não queria acordar os meus pais.
         Para me acalmar, pus-me a imaginar as professoras, os novos amigos e aquela que iria chamar “minha escola”. Com tanta imaginação acabei por adormecer na macia almofada de penas que me fora oferecida no meu aniversário.
         Entretanto, a manhã chegou e a energia que tinha em mim era tanta que não me deixava parar, nem um segundo.
         No caminho para a escola, foi como se me tivessem sugado a energia. Estava quase imóvel. Sentia medo, medo de algo não correr bem. A travessia de casa à escola foi feita em silencio, o que deveria se complicado para uma faladora como eu. Mas, quando cheguei à escola, tudo isso passou. Arranjei logo companhia e mandei os meus pais embora, já com a mania de ser independente. O dia passou rápido, e à noite, o que não faltaram foram histórias para contar. Histórias essas que relatavam, nem mais nem menos, do que a minha felicidade por estudar.

O meu animal de estimação

Certo dia estava em casa aborrecido, com os meus pais, fui à rua e vi que estava um dia magnífico. Fiz uma proposta aos meus pais: se podíamos ir passar o dia à serra no Chão dos Louros.
         Então fomos aprontar a comida, as bebidas, cobertores e muitas mais coisas necessárias .Metemo-nos no carro, começámos a  viagem e pelo caminho lembrei-me de telefonar aos meus tios se gostariam de ir lá ter connosco.
         Quando lá chegámos, encontrámos um descampado com lareiras e algumas árvores ao redor. Entretanto, os meus pais foram fazendo o braseiro e temperando a carne e foi nesse momento que vi um coelho, ali num canto perdido e todo sujo. Fui com calma até ao pé dele para não assustá-lo, agarrei-o e tentei tirar a maioria da sujidade, dei-lhe uma folha de alface e um pouco de cenoura da salada para comer e ele foi gostando de mim.
         Perguntei aos meus pais se podia ficar com o coelho. No momento disseram que não, mas fui insistindo e lá concordaram. Brincámos e depois da comida estar pronta, almoçámos e fizemos uma caminhada. Fiquei surpreso com o que os meus tios me mostraram: era uma coisa que dava junto ao tronco dos Loureiros que tinha um aspecto de uns cornos de veado: chamava-se madre-de-louro. Há quem diga que chá de madre-de-louro é bom para dores de barriga, mas eu já estava chegando aos meus limites, já estava exausto e por isso voltámos para trás.
         Ficámos o resto do dia a aproveitar o sol não muito quente, mas agradável. Jantámos as sobras do almoço e ainda arranjámos qualquer coisa a mais para comer, mas o que eu mais queria era chegar a casa para dar um banho ao coelho,  pô-lo todo cheiroso e arranjar-lhe um bom cantinho para descansar.
Foi um dia bem passado em família e com o meu animal de estimação.
André Igor Freitas Figueira   10º2  nº2

Olá, Diário!

André Igor 
         Hoje, tenho uma “cena” para te contar. Estava eu em casa a ver televisão no meu quarto, e, de repente,ouvi um barulho. Quando fui lá ver o meu gato estava a fazer frente ao cão da vizinha. Agarrei-o logo, porque não queria que ele se magoasse, levei-o para casa e prendi-o num quarto de castigo umas horas.
         Passado algum tempo, fui lá lhe abrir a porta, só que ele não quis sair. Então, deixei a porta aberta e fui-me embora, porque tinha de fazer os trabalhos de casa.
         Assim que acabei os trabalhos de casa, fui para a rua jogar à bola com os meus vizinhos. Mais tarde, vim para casa para o computador jogar e falar com os meus amigos no MSN. O gato veio para junto de mim, para eu lhe fazer umas festinhas. Só que, infelizmente, ele pôs uma pata num dos buracos da ficha tripla, que liga o computador, e morreu electrocutado. Fiquei muito triste, porque era o único animal que tinha e que me divertia, mas para não haver mais desgraças, comecei a usar fichas triplas com segurança.

Olá! Eu sou a Joana Meneses, muito prazer.

          Faço parte de uma lista gigantesca de alunos da Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco, sou o nº11, mais exactamente do 10ºano, turma 2 e estou no curso de Ciências e Tecnologias, não me perguntem o que eu quero ser, porque ainda não sei!
     Sobre mim, bem, o que eu posso dizer? Nem sei por onde começo! Ah! mas para ninguém ser apanhado de surpresa, às vezes, só mesmo às vezes, dá-me vontade para rir, mesmo que não tenha piada e depois para parar é difícil,e  mais difícil é ainda, se alguém também começar a rir.
     Continuando, sou uma pessoa do ar livre: gosto de passear, andar de bicicleta, tirar fotografias, ouvir música e, quando estou em casa, aproveito o meu tempo livre para desenhar. Para quem ainda não sabe, desenhar é mesmo o que eu mais gosto de fazer.
     O meu desporto favorito é futebol. Sei que devem estar a pensar mas qual será o clube dela? Pois, mas eu não sei se digo... mas para não dizerem que eu sou mazinha, o meu clube é o Benfica.
     Também gosto muito de animais, tenho uma tartaruga e três peixes, mas eu também gostava de ter um cão.
     Sobre mim há muitas coisas que se diga, quem quiser saber mais informações é só perguntar...

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Recordações da minha infância

Débora 
Como já era costume, em todas as tardes de Inverno, estava no parapeito da janela... A saudade entranhava-se na imensa neve fria e esmagadora.
- Já passou tanto tempo... - ao pronunciar estas tímidas palavras, senti um líquido quente e salgado que escorria ao longo do meu rosto gélido.
     Foi  exactamente há dez anos, tinha eu os meus ternos seis anos, era Natal, a casa estava toda decorada, o cheiro natalício andava por todo o lado e eu, com a minha doce ingenuidade, estava sentada no pavimento frio daquela divisão, os meus olhos verdes brilhavam como esmeraldas e esperavam com ansiedade. Estava a infringir todas as regras impostas pela minha mãe, mas a curiosidade de uma menina era sempre mais forte do que qualquer outra coisa.
 Esperava e esperava, mas ele nunca mais aparecia, já passava da meia noite… será que a minha mãe tinha mesmo razão? Será que aquele homem rechonchudo, de barbas brancas, vestido inteiramente de vermelho, só aparecia depois deu eu estar a dormir?
     Tentei... Juro que tentei, mas os meus olhos já estavam a ficar demasiado pesados, lutei com todas as minhas forças até que cedi e fechei os olhos.
     Acordei, olhei em meu redor e estranhamente reparei que estava na minha cama. Levantei o meu pequenino braço dos pesados cobertores e afastei um pouco da cortina. Os raios de sol entraram bruscamente, indicando-me que já era manhã. Calcei os meus chinelos e corri para junto da árvore de Natal.
Quando, finalmente, lá cheguei os meus olhos verdes brilharam como nunca. Estes nunca viram uma árvore tão recheada como aquela que estava diante de mim. Ouvi uns passos: eram os meus pais que vinham em meu encontro. Num longo abraço pronunciaram um ''Feliz Natal'', que valeu mais que todos aqueles presentes que estavam debaixo daquela árvore.
     Estremeci... Continuava ali ao parapeito da janela recordando todos aqueles bons momentos da minha infância.
     Infelizmente são apenas recordações.


10º2

O Diário de Ana

Ana 10º2


Segunda-feira, 24 de Setembro de 2010
Querido Diário!
            Ainda estou a pensar naquilo que me aconteceu, sem saber se dou uma gargalhada ou se choro. Mas já te conto.
            Lembras-te daquele meu sonho de ser jogadora de futebol? Até ontem não passava mesmo disso, de um sonho que, a meu ver, era impossível de realizar. Eu até costumo jogar com os meus amigos, mas nada de profissional. Todos os Sábados jogamos duas ou três horas no pequeno e degradado campo de cimento ao pé da minha casa.
 Ontem, sendo um Sábado, lá fui eu jogar futebol quando, sem mais nem menos, um dos meus amigos gritou: “Olha o José Mourinho”. É obvio que todos os presentes troçaram dele, até mesmo eu, admito. No entanto, quando olhámos para o lado, lá estava ele. Era o grande, o famoso, o mais que admirado, José Mourinho! Disse-nos ele que andava à procura de jovens rapazes talentosos e apaixonados por futebol. Claro que eu já não tinha nada a ver com a conversa, porque sou rapariga. No entanto, ele chamou-me e disse que, apesar de não poder ser meu treinador, queria pôr-me numa das melhores equipas de futebol feminino
Infelizmente, quando ia assinar o contrato, oiço a minha mãe a dizer “Sofia, acorda, já é tarde”. Aí entendi que não passava tudo de um sonho, e que teria de despertar para mais um normalíssimo dia de escola. Quanto a ser jogadora de futebol e conhecer o Mourinho, terá de ficar para outra altura!
    Bem, mas como não tenho mais nada de interessante para te contar, acabo por aqui, porque já estou cansada. Até amanhã!