Lá estava ele, aquele pequeno jardim triste e sombrio, que só ganhava alguma alegria, quando eu corria ia muito e rodopiava livremente com a alegria própria de infância.
Isto acontecia muito raramente, apenas quando eu visitava os meus avós. Até que num dos Verões, o meu alto robusto e envelhecido avô decidiu construir um pequeno baloiço. Pintou-o de laranja brilhante, que se iluminava pelo sol e cintilava como um pequeno cristal, no meio daquele jardim verde e sombrio.
Verão após Verão, um e outro miúdo se juntavam para baloiçar e sentir a liberdade provocada pelo vento suave nos cabelos e correr desorientadamente, dentre daquele verde que ganhava vida e magia ao longo do tempo, sendo irradiado pela alegria dos mais jovens.
Ali, com o passar do tempo, fomos crescendo e fazendo novas descobertas, novos jogos e até mesmo nos bicharocos, que iam surgindo pela Primavera, jogavam e riam connosco e acabavam por partir no fim do Verão.
Mas, não foram só esses animaizinhos que partiram.Com o passar dos anos todos nós crescemos e outros sonhos foram ganhando força e nós deixamos de conseguir ver e sentir a magia daquele jardim e do seu baloiço.
O meu avô acabou por partir, e nós, uns mais cedo outros mais tarde, acabamos por abandonar aquele jardim.
Hoje, quando lá regresso, encontro-o novamente sombrio e perdido, apenas com a pequena companhia do baloiço, agora enferrujado.
O pequeno jardim é agora uma simples prova de como somos capazes de abandonar as memórias da nossa infância.
Érica 10º2
Isto acontecia muito raramente, apenas quando eu visitava os meus avós. Até que num dos Verões, o meu alto robusto e envelhecido avô decidiu construir um pequeno baloiço. Pintou-o de laranja brilhante, que se iluminava pelo sol e cintilava como um pequeno cristal, no meio daquele jardim verde e sombrio.
Verão após Verão, um e outro miúdo se juntavam para baloiçar e sentir a liberdade provocada pelo vento suave nos cabelos e correr desorientadamente, dentre daquele verde que ganhava vida e magia ao longo do tempo, sendo irradiado pela alegria dos mais jovens.
Ali, com o passar do tempo, fomos crescendo e fazendo novas descobertas, novos jogos e até mesmo nos bicharocos, que iam surgindo pela Primavera, jogavam e riam connosco e acabavam por partir no fim do Verão.
Mas, não foram só esses animaizinhos que partiram.Com o passar dos anos todos nós crescemos e outros sonhos foram ganhando força e nós deixamos de conseguir ver e sentir a magia daquele jardim e do seu baloiço.
O meu avô acabou por partir, e nós, uns mais cedo outros mais tarde, acabamos por abandonar aquele jardim.
Hoje, quando lá regresso, encontro-o novamente sombrio e perdido, apenas com a pequena companhia do baloiço, agora enferrujado.
O pequeno jardim é agora uma simples prova de como somos capazes de abandonar as memórias da nossa infância.
Érica 10º2
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