sábado, 23 de outubro de 2010

Querido diário...

Sexta - Feira, 8 de Outubro de 2010
Querido Diário, hoje foi um dia completamente normal e cansativo de escola. Nestes dias a chuva e o vento deram o ar da sua graça e com eles, fiquei doente, coisa que detesto. Mas bem… Não sei se já te contei que gosto muito de escrever, tenho como grande aliada, a música, várias vezes é ela que me inspira, e como hoje estou num desses dias de inspiração vamos ver se sai alguma coisa… Cá vai:
Não sei ao certo o que estou a sentir… Uma porção imensa de sentimentos invade constantemente o meu corpo...
Chovia torrencialmente. O vento soava nas janelas do meu quarto e, de vez em quando, um trovão rebentava no meio da cidade, ecoando furiosamente pelas paredes claras do meu quarto. Todo o meu corpo tremia e lágrimas formavam-se, escorrendo lentamente pelo meu rosto pálido e sem vida.
Que se passa comigo?
Ignorando o frio que sentia, só com aquela camisola fina de algodão, sai de casa. Cada passo que dava era como se tivesse um peso cada vez maior nas minhas costas. As minhas pernas estavam fracas. E as minhas lágrimas, misturadas com as gotas de chuva, deslizavam freneticamente pela minha face.
O vento soprou novamente na direcção do meu rosto, senti a pele arrepiar-se por baixo do casaco preto, quase da mesma cor que o céu naquela noite. Olhei para o relógio. Os ponteiros de metal indicavam-me que era meia-noite e meia. Virei numa rua deserta e escura, que emanava um cheiro a tristeza e a pobreza e que me fizera arrepiar novamente a pele e os ossos, mais do que o próprio frio.
Nada se ouvia para além do bater vazio do meu coração, que parecia encontrar-se no seu volume máximo e tentava competir com o som do próprio silencio. Deixei os olhos percorrerem o espaço á sua vontade, procurando a porta que, pensava eu, seria a chave de todos os meus problemas. Deixei os olhos percorrerem o espaço à vontade, procurando a porta que, pensava eu, seria a chave de todos os meus problemas com o som do próprio silêncio. O medo amontoava-se em mim, conseguia sentir o sangue quente a correr dentro das minhas artérias. Estava escuro, vi um sinal vermelho, parei e escutei. O ar fresco abateu-se sobre mim.
Olhei em redor e estava sozinha, à espera do nada, à espera de um sinal verde para continuar. Avancei, mesmo com medo. Mas a coragem encontrou força em mim, acelerei o passo.
Enquanto andava, o frio entranhava-se no meu casaco. A coragem foi-se em poucos segundos, os dedos tremiam de terror, recuei. A escuridão apoderou-se do meu ser. Corri. Fugi. Fugi até que as minhas pernas pararam. Deixei os meus olhos percorrerem o espaço à vontade, procurando a porta que, pensava eu, seria a chave de todos os meus problemas.
Bom… Aqui está o texto, espero que gostes Diário, o fim está meio parvo, até porque, como sempre nunca sei fazer um fim! Fico-me por aqui. Vou tentar estudar alguma coisa, embora que com este frio só me apeteça estar enroscada nos meus lençóis! Enfim…
Até amanhã… Débora. t

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