Olá!
Lembro-me que estávamos no pico do Verão, em pleno mês de Julho. Eu e a minha família fizéramos uma viagem e encontrávamo-nos no Porto Santo em férias, e connosco ia também o mais recente membro da nossa família, o meu cão, Mini.
Ora, não me recordo se era de manhã ou à tarde, mas saíramos para descontrair nos dias típicos calorosos de lá, mas Mini ficara no pátio da nossa casa de férias, presa por uma longa corrente de metal.
Passaram-se as horas e regressámos a casa. Horror dos horrores. Mini não estava lá. Esse pátio era na realidade uma grande varanda e a corrente que prendia o meu cão estava do lado de fora, em vez de dentro. Por momentos, pensámos que Mini se havia enforcado, mas não, a corrente apenas ressaltou, tal foi a força que Mini fez para fugir.
Eu e a minha irmã éramos bem pequenas, e ambas chorámos muitíssimo naquela noite, ao pensar que Mini não iria regressar, apesar dos nossos pais quase jurarem que iriam procurá-la durante toda a noite.
Os meus pais não a conseguiram encontrar, mas ela regressou sozinha, perto das seis da manhã. A minha mãe trouxe-a ao colo até ao nosso quarto e deixou que a Mini tocasse com as patas e farejasse os meus cabelos, fazendo-me acordar em êxtase absoluto e quase chorar de alegria, ao correr para despertar a minha irmã para dar as maravilhosas novidades.
E foi isto, um acontecimento que se passou há muitos anos, mas que me recordo ainda hoje, e faz-me pensar que não podemos dar nada por garantido.
Mafalda 10º2
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