segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Querido diário

Eu sei que não costumo escrever coisas banais, mas ultimamente tenho dado por mim a vaguear num mundo que não o meu.
Dou por mim, por vezes, a imaginar o que acontecerá ao entrar num buraco negro e até, as vezes, começo a pensar que encontraria seres estranhos, completamente diferentes de nós, quem sabe seres com duas cabeças ou até mesmo três pernas.
Sei que isto parece coisas de criança, mas é algo que eu acho fascinante e que me faz perder imenso tempo, nestes pensamentos fantasiosos.
Mas não foi só para te falar dos meus pensamentos espaciais que hoje estou aqui a escrever. Além disto, queria contar-te o que há dias encontrei.
Há dias, numa das minhas explorações ao sótão, encontrei uma caixa já um pouco degradada, mas muito bonita, que estava completamente coberta por trapos e livros já antigos. Essa caixa estava cheia de pó, como quase todas as coisas que estavam no sótão, no entanto, fiquei apaixonada e trouxe-a para limpá-la muito bem.
Sem nunca imaginar o que teria lá dentro, comecei a limpá-la. Depois de toda limpa, abri-a e aí o fascínio foi total.
Dentro dessa caixa havia, entre muitas bonecas de trapos feitas pela minha avó, um caderno cheio de desabafos e coisas de adolescente. Como não reconhecia a letra, nem a forma de desabafar, decidi esperar pela minha mãe para lhe perguntar a quem pertencia aquela espécie de diário, já com as folhas amarelas e a capa vermelha a se desfazer.
Quando a minha mãe chegou, perguntei-lhe logo a quem pertencia aquele diário e ela disse-me que era da minha bisavó Matilde. Visto que era de alguém com quem nunca tinha chegado a falar, a minha curiosidade por lê-lo triplicou.
Comecei logo a lê-lo e percebi que o diário estava a levar-me para uns quantos anos atrás, em plena 2ª guerra mundial.
Todas as passagens escritas nesse diário eram fascinantes, mas a que me fez chamar mais à atenção foi a passagem que contava a chegada de um barco, onde vinham imensos judeus, que fugiram da Alemanha, visto que Hitler queria matá-los.
Esse monte de pessoas que vinha à procura de nada, foi pedindo abrigo às pessoas que estavam no cais.
A minha trisavó, muito simpática, abrigou uma família que tinha um rapaz da idade da minha bisavó, curiosamente aquele que viria a ser o meu bisavô.
Nas restantes páginas do diário, havia o desenrolar de uma história de amor proibido, entre duas religiões completamente diferentes.
Ter encontrado este diário fez com que percebesse um pouco mais sobre quem sou eu e como o amor acaba por superar qualquer barreira, mesmo que ela seja do tamanho de uma religião.

Fabiana Rodrigues Nº8 10º2










Adoro a ilha onde vivo e não a trocava por mais lado nenhum.

Eu sou a Fabiana Rodrigues, tenho 15 anos e sou Portuguesa, mais concretamente MADEIRENSE. Adoro a ilha onde vivo e não a trocava por mais lado nenhum.
Actualmente, estou no 10ºano, na área de ciências e tecnologias, pois o meu sonho é ser Pediatra, porque seria a junção perfeita da medicina, com o mundo, por vezes incompreensível, das crianças.
Os meus hobbies preferidos são praticar natação e ver rali. Como tal, um dia gostava de cruzar-me na rua com o Michael Phelps e com o Bernardo Sousa.
A nível psicológico considero-me mandona, refilona e acima de tudo sei bem aquilo que quero, o que me torna um pouco sedenta de perfeição, embora estejam constantemente a lembrar-me que a perfeição não existe.
Segundo o significado do meu nome, eu sou uma pessoa que quer tudo o que há de melhor na vida, ou seja sucesso, dinheiro e poder.
Por outro lado, considero-me uma pessoa simpática e adoro ajudar os outros.
A pessoa que mais marca a minha vida, e por quem tenho mais admiração é o meu pai, pois admiro imenso a sua capacidade de decisão e responsabilidade.
Aquilo que me dá muito prazer fazer é, sem margem de dúvida, viajar e conhecer novas culturas.
De entre as poucas viagens que fiz, o país que mais gostei de visitar foi Holanda, pois acho um país muito tranquilo e com um estilo de vida agradável.
Falta-me uma viagem, Nova Iorque, pois é uma cidade que me desperta imensa curiosidade, não só pelos seus grandes prédios, como pela ideia de passar por aquelas grandes avenidas recheadas de montras de lojas, com reconhecimento internacional. Infelizmente, ainda não tive possibilidade de a conhecer, mas talvez seja num futuro próximo.
Enquanto a viagem não acontece, resta-me estudar, se quiser cumprir os meus objectivos.

Fabiana Rodrigues Nº8 10º2

Quem Sou Eu!

Quem sou eu? Boa pergunta” tantas vezes já fiz essa mesma interrogação a mim própria, mas raramente chego a uma conclusão plausível.
            Por vezes, tento convencer-me de que sou a melhor pessoa do mundo e que são poucos os defeitos residentes em mim. Mas logo me apercebo de que estou errada. Melhor pessoa não sou, nem nunca serei, e sou maioritariamente composta por erros. Bem que eu, na brincadeira, cito a seguinte frase: “não é defeito, é feitio”. No entanto, defeito ou feitio, sou teimosa, ciumenta e amuada. Enfim, mas como a minha avó dizia, nunca devemos falar dos nossos defeitos, embora eu goste de quebrar as regras. Ora aí está, mais um dos meus erros genéticos! Fui feita (não educada, porque os meus pais souberam dar-me bons valores) para quebrar as regras. Quanto mais me proíbem uma coisa, mais vontade tenho de fazê-la.
            Mas pronto, falando das qualidades, sou trabalhadora, empenhada e desistir não faz parte da minha maneira de ser. Ser “independente” pode ser bom ou mau. É bom ser independente, porque aprendi a ser despachada e a resolver os meus problemas, mas também é mau porque, por vezes, não consigo pedir ajuda, porque acho que sou capaz de fazer tudo sozinha.
            Peço desculpa, entusiasmei-me e acabei por não fazer a apresentação mais básica que existe. Então, eu sou a Ana Sofia e tenho quinze anos. Frequento a Escola Gonçalves Zarco e estou na turma 10º2. Também pratico andebol no Madeira Andebol SAD há 3 anos.
            E não havendo mais nada a dizer (pelo menos que me ocorra) acabo aqui, com grandes cumprimentos para todos. Obrigado pela atenção!

Ana Sofia

Querido Diário,

Este primeiro dia de férias em Londres foi um completo desastre.
         Logo pela manhã, fui conhecer um pouco da cidade com a minha prima. Quando íamos numa daquelas bonitas ruas, a minha prima encontrou uma amiga. Enquanto as duas conversavam alegremente eu continuei a ver as belíssimas montras tecnicamente montadas.
         Quando me apercebi, era tarde demais, diário, estava sozinha numa rua desconhecida e tinha perdido a minha prima de vista. Comecei a vaguear na tentativa de a encontrar, mas apenas encontrava ruas sobrepostas a outras ruas, como um labirinto sem fim. Acabei por sentar-me num pequeno banco à entrada de um jardim verdejante.
         Foi quando passou por mim uma rapariga ao telemóvel e lembrei-me de procurar uma cabine telefónica. Tirei o telemóvel do bolso para ver o número, mas   apercebi-me  que tinha ficado sem bateria. Senti-me completamente desorientada, voltei a sair da cabine e começou logo a chover. Eu, como uma verdadeira turista, estava de calções e sandálias, tentei logo abrigar-me na porta na porta de um prédio.
         Enquanto via a chuva cair, surgiu entre a chuva uma rapariga a correr em direcção ao prédio. Quando se aproximou o suficiente descobri que era a amiga da minha prima, que se ofereceu logo para ligar-lhe. Pouco tempo depois, já lá estava ela e, finalmente, fomos para casa.
         Agora, aqui no quentinho, lembrei-me de te vir contar este triste episódio.
 Volto a escrever em breve.
Um beijo J
Érica

Naquela tarde, sentada junto ao mar


   Naquela tarde, sentada junto ao mar, sentindo o vento gélido no meu rosto e a fúria do mar junto aos meus pés, tentava desesperadamente que os ponteiros do meu relógio recuassem, enquanto o pensamento teimava em arrastar-me pelas memórias, mas não permitindo que eu acedesse às mais longínquas.
         Conseguia ver o nascer do sol como naqueles dias, enquanto o seu calor me aquecia a pálida pele, e recordava  os dias em que vi a lua subir bem alto no céu a iluminar-me o rosto. Sentia a frescura da água salgada na minha pele quente, parecia-me ouvir as nossas gargalhadas simultâneas contrastando como silêncio da noite. Por momentos, consegui sentir o cheiro suave e adocicado da limonada fresca…
         Voltei a olhar para o relógio e senti uma onde de saudade invadir-me, causada por toda aquela nostalgia e um traço de tristeza surgiu-me no rosto.
         Fui, num ápice, completamente arrastada até ao presente por uns suaves salpicos que se precipitavam do céu e molhavam delicadamente o meu rosto.
         Fiquei estática e, por fim, acabei por descobrir que, por mais que desejasse que o tempo parasse, ele seria sempre incontrolável e continuaria a correr velozmente e sempre na mesma direcção.
         Sentia, agora, que aqueles salpicos libertavam o meu pensamento e acabei por pressentir um ligeiro sorriso despertar no meu rosto.
         Depois daquela poderosa sensação de liberdade acabei por sentir-me puramente feliz, simplesmente por todos aqueles momentos terem acontecido e pelas memórias que deles ficaram serem incontestavelmente felizes.
         Dei por mim a rir espontaneamente ali sozinha, levantei-me e parti.

Érica

Memórias de uma infância feliz

        

A vida é feita de memórias e as que me fazem mais feliz são as memórias que tenho daqueles dias passados na companhia da minha avó e da minha prima Eva.
Com certeza a pessoa que me ajudou muito a ser aquilo que sou hoje foi a minha avó.
Um dos episódios que relembro com mais alegria é a felicidade que sentia com a chegada do Natal.
O Natal era muito divertido, pois eu e a minha prima adorávamos fazer o presépio e, mais do que isso, decorar a árvore de Natal com a minha avó.
A árvore de Natal era toda cuidadosamente decorada e no fim nós as duas subíamos os escadotes e colocávamos a estrela no topo da árvore.
Nesse ano fizemos tudo igual só que, quando íamos colocar a estrela no topo, o escadote esbarrou na árvore e fez com que tudo caísse ao chão. Nesse preciso momento passava por lá a “Bolinhas” a nossa cadela, que foi apanhada por aquela avalanche de decorações. Como sempre, eu e a minha prima começámos a rir, ainda mais quando a “Bolinhas” saiu do meio de todos os enfeites cheia de brilhantes e com as luzinhas ao pescoço.
Lá tivemos nós de decorar novamente a árvore, e essa foi a árvore mais “bonita” de sempre, ninguém tinha uma árvore tão de lado como a nossa.
Este será um episódio que irei recordar com muita alegria para o resto da vida.

Fabiana Rodrigues
Nº: 8
10º2